quinta-feira, 14 de novembro de 2013

A Maria e o Manuel

Saí da escola,
corri por entre passeios e verdes árvores,
até que fui parada.

Senti um leve e hesitante toque nos nós dos dedos,
até que mais cinco dedos deram nó com os cinco que já lá estavam.

Não precisei de olhar,
senti o fresco e tão indescritivelmente característico cheiro,
que me deixa confortável, de uma forma quase automática.

Não precisei de uma única palavra
para saber que todos os meus problemas tinham sido ouvidos
e compreendidos.

As minhas mãos frias encontraram o conforto nas suas,
e a realização do meu conforto encontrou lugar na aventura,
que agora se completam.

Cheguei a casa e entrei,
não precisei de olhar para trás para saber que ele lá estava
a gravar o seu nome nas minhas costas.


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